O novo governo do Partido Socialista, com o apoio das forças políticas à sua esquerda, criou as verdadeiras condições para aliviar o sofrimento que o Algarve padece há mais de 4 anos, desde a introdução de portagens na Via do Infante pelo anterior governo PSD/CDS, em 8 de dezembro de 2011.

Além dos graves prejuízos provocados à economia regional, já de si severamente atingida pela crise económica e social, o Algarve assistiu nestes últimos anos ao regresso da fatídica “estrada da morte” por força da imposição de portagens que a sociedade algarvia continua a rejeitar energicamente. Como se comprova, a Estrada Nacional 125 atulhada de trânsito voltou a ser uma das estradas mais mortíferas do país: em 4 anos morreram no Algarve 130 pessoas inocentes em violentos acidentes brutais e feridos graves foram mais de 600, a maioria na EN 125. No ano de 2015 ocorreram na região 9 500 acidentes rodoviários, a uma média de 26/27 acidentes diários. Uma tragédia de dimensões inadmissíveis e insuportáveis e a que urge pôr cobro.

Nesta altura, com as obras de requalificação muito lentas a decorrer em vários troços da EN 125, o caos rodoviário agravou-se e aumenta o risco de acidentes a cada momento que passa. Noutros lanços as obras ainda não se iniciaram e a via encontra-se em muito mau estado. Com a Páscoa e o Verão a aproximarem-se muitos mais utentes procuram as terras algarvias e prenuncia-se uma “tempestade perfeita” no que toca a confusão e a acidentes de viação na região, em particular na EN 125.

O novo governo do Partido Socialista e os seus deputados, incluindo os eleitos pelo Algarve, têm agora a chave na mão para terminar com as portagens no Algarve. A Comissão de Utentes acredita que as suas expetativas e da sociedade algarvia agora se cumpram e que, este novo governo, não persista no mesmo erro grave cometido pelo governo anterior. Na próxima segunda-feira será discutida e votada na Assembleia da República uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado para 2016, apresentada pelo Bloco de Esquerda para acabar com as portagens na Via do Infante. Os deputados, incluindo os eleitos pelo Algarve, são chamados a se pronunciarem sobre matéria tão candente para o Algarve.

Também chegou a hora do novo Primeiro Ministro cumprir o que prometeu na campanha eleitoral para as eleições legislativas. Referiu que a EN 125 era um «massacre» e que não constituía uma alternativa e que se chefiasse o novo governo iria suspender ou acabar com as portagens no Algarve. A Comissão de Utentes da Via do Infante considera que o estado de graça deste governo, relativamente às portagens no Algarve está a chegar ao fim – caso estas não sejam abolidas na aprovação do Orçamento de Estado para 2016.

Independentemente dos resultados da votação, a CUVI vai levar a efeito uma ação de luta anti-portagens na Ponte Internacional do Guadiana, no próximo dia 24 de março, a partir das 10 h da manhã, quando se prevê uma grande afluência de turistas espanhóis a passar pela fronteira. Mais uma vez o país irá assistir a filas imensas de automobilistas e muitos darão meia volta e regressarão à vizinha Espanha – a não ser que até lá sejam, pelo menos suspensas as portagens, como reivindicam os empresários e outras forças vivas do Algarve. Novas ações estão programadas até e durante o Verão, como o lançamento de uma campanha de desobediência civil anti-portagens. Mas a CUVI continua a acreditar que estas ações drásticas não irão ser necessárias.

No próximo dia 8 de dezembro de 2015 passam 4 anos sobre a introdução de portagens na Via do Infante, pelo então governo do PSD/CDS. A avaliação desta medida não deixa quaisquer dúvidas sobre o grave erro cometido no Algarve – as portagens na Via do Infante acrescentaram mais crise e tragédia à crise que a região vive.

Agravou-se a crise social e económica no Algarve, uma região que vive quase exclusivamente do turismo, com falências, encerrramentos de empresas e altos índices de desemprego; o Algarve perdeu competitividade em relação à vizinha Andaluzia, elevando-se as perdas do mercado espanhol em mais de 25%, com perdas anuais de 30 milhões de euros; a mobilidade na região regrediu cerca de 20 anos, voltando a EN 125, uma “rua urbana”, a transformar-se numa via muito perigosa, com extensas e morosas vila de veículos e onde os acidentes de viação se sucedem, com muitas vítimas mortais e feridos graves.

A ilustrar o que se afirma, basta atentar nos dados recentes fornecidos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR): nos últimos 11 meses, entre 1 de janeiro e 21 de novembro de 2015 foram registados no Algarve 8 646 acidentes rodoviários, com 33 vítimas mortais e 153 feridos graves. Foram mais 1 054 acidentes, 8 mortos e 30 feridos graves do que no mesmo período do ano anterior (mais 14 mortos do que em 2013). Faro é dos distritos do país onde ocorrem mais acidentes, grande parte da EN 125 cuja requalificação está longe de se encontrar concluída – entre 22 de novembro de 2014 e 21 de novembro de 2015 a região registou 37 vítimas mortais e 164 feridos graves, mais 10 mortos e 23 feridos graves do que no mesmo período do ano anterior, só suplantado pelos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Santarém. O Algarve corre o risco de chegar ao final do ano com cerca de 10 000 acidentes de viação registados, com uma média de 27 acidentes por dia – um verdadeiro “estado de guerra” não declarado, mas permanente na região. Uma situação trágica e insustentável por muito mais tempo.

A formação do novo governo abriu um novo ciclo de esperança no Algarve e por todo o país. Chegou a hora de acabar com as portagens no Algarve. A Comissão de Utentes da Via do Infante congratula-se com as mais recentes tomadas de posição na região a favor da abolição das portagens, nomeadamente a moção aprovada no dia 30 de novembro pela Assembleia Municipal de Lagos (apenas com 1 voto contra e 1 abstenção) e a informação hoje divulgada pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda que irá apresentar, no início da próxima semana, um Projeto de Lei na Assembleia da República.

Mas a luta anti-portagens no Algarve não vai parar. Para assinalar o 4º aniversário da introdução das famigeradas portagens, a Comissão de Utentes vai organizar uma ação junto à Ponte Internacional do Guadiana na próxima terça-feira, dia 8 de dezembro, a partir das 10.00 horas. Durante a ação serão divulgadas novas iniciativas contra as portagens no Algarve.

Exmo/a. Senhor/a,

Com a formação de um novo governo abre-se um novo ciclo de esperança no país, incluindo o Algarve. A luta pela suspensão das portagens nesta região não acabou. Pelo contrário, as lutas anti-portagens vão entrar numa nova fase quando se aproxima o 4º aniversário da sua aplicação no Algarve pelo governo PSD/CDS, no dia 8 de dezembro de 2011.

Os resultados, muito negativos e trágicos encontram-se bem à vista de todos. A EN 125 transformou-se numa via de muito sofrimento e de morte, em grande parte devido às portagens na A22 e por tardar a sua requalificação, que continua a marcar passo. Além dos elevados prejuízos provocados à economia regional e ao erário público, fruto de uma parceria deveras ruinosa que só serve para encher os bolsos da concessionária.

O Algarve deverá fechar o ano com a cifra de 10 mil acidentes – uma brutalidade! Só entre 1 de janeiro e 21 de outubro deste ano registaram-se 7943 acidentes, mais 957 do que no mesmo período do ano passado. Ainda este ano e no mesmo período ocorreram na região 32 vítimas mortais, mais 12 do que em 2014 e mais 15 do que em 2013. Os feridos graves também aumentaram, passando de 111 em 2014 para 138 em 2015. Faro é o quarto distrito do país onde houve mais acidentes, só sendo ultrapassado por Lisboa, Porto e Braga. Um autêntico estado de guerra não declarado no Algarve. O novo governo não deve e não pode fechar os olhos a toda esta tragédia que todos os dias se está a abater sobre a região algarvia.

A Comissão de Utentes da Via do Infante vai promover no próximo sábado, dia 21 de novembro, a partir das 17 horas, no Moto Clube de Faro, uma Assembleia de Utentes para debater as consequências de 4 anos de imposição das portagens no Algarve e agendar novas ações de luta para a sua abolição imediata.

A Comissão de Utentes endereça convite público e apela à participação na assembleia de utentes, personalidades e organismos e entidades da região. Está em causa o presente e o futuro do Algarve.

Nesta conformidade, a Comissão de Utentes da Via do Infante vem convidar Vª Exª a participar na referida iniciativa.

Agradece-se confirmação da v/presença através dos telemóveis 96 5162223, 96 3172608 e 91 9070032, ou pelo e-mail viadoinfante2010@gmail.com
Desde já apresentamos os nossos melhores cumprimentos.

Faro, 18 de novembro de 2015
A Comissão de Utentes da Via do Infante

A Comissão de Utentes da Via do Infante faz um balanço muito positivo das últimas 2 ações que decorreram no Algarve pela abolição das portagens no Algarve.

No dia 14 de agosto o debate em Almancil reuniu cerca de uma centena de pessoas e a conclusão a retirar deste debate é que, o que interessa verdadeiramente, não é a redução do tarifário da cobrança de portagens, como defendem o PS, PSD e CDS, mas sim abolir completamente as portagens, devido à tragédia que está a causar à região e ao contrato ruinoso que envolve a PPP, levando o Estado a transferir muitos milhões de euros para a concessionária.
Neste último domingo, dia 16 de agosto, a Comissão de Utentes deslocou-se pela última vez à Aldeia da Coelha, residência de férias do Presidente da República, onde foi “agradecer” todas as benfeitorias que Cavaco Silva fez pelo Algarve, como por exemplo, nada ter feito contra a introdução de portagens pelo governo de Passos Coelho. Nesta deslocação foi entregue uma carta e feita a Festa de Despedida ao Presidente da República.

Continuando as iniciativas anti-portagens, no próximo sábado, dia 22 de agosto, pelas 16.30 horas, a Comissão de Utentes da Via do Infante desloca-se de novo e também pela última vez – assim se espera – à Praia da Manta Rota. A delegação da CUVI irá entregar ao 1º ministro Passos Coelho igualmente uma carta de despedida, desejando que a partir de 4 de outubro todo o seu governo, (incluindo o 1º ministro), faça uma boa viagem para outras paragens, pois não deixa qualquer saudade ao Algarve – basta atentar na tragédia social e económica que as portagens estão a provocar na região. A deslocação da CUVI e a entrega da carta serão feitas de forma discreta e sem aparato ruidoso, tendo em conta as circunstâncias do momento e que a Comissão de Utentes respeita.

Infelizmente o dia de hoje fica marcado por mais uma tragédia na EN 125, com mais 3 vítimas mortais e um ferido grave, estranhamente no dia em que o governo inaugura a variante de Faro. Em apenas 15 dias a “estrada da morte” já provocou 6 mortos e vários feridos graves. Independentemente da requalificação da EN 125 – que deve ser feita na totalidade e sem demora – impõe-se, urgentemente, acabar com as portagens na Via do Infante, levando ao fim o verdadeiro “estado de guerra” que temos no Algarve, com o seu rol de mortos e feridos.

As portagens impostas pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS, há 3 anos e meio, continuam a arruinar o Algarve, as suas populações e os utentes.
Temos um verdadeiro estado de guerra na região com uma média de 23 acidentes por dia, ou seja, cerca de 700 acidentes por mês e 8.400 por ano, a maioria na EN 125, onde muitas famílias são destroçadas! Já são mais de 100 vítimas mortais, muitas centenas de feridos graves e milhares de outros feridos.
É um grande suplício circular na EN 125, pois não passa de uma rua urbana e a sua requalificação continua a marcar passo!
As portagens contribuíram para o agravamento da crise social e económica, com muitos milhares de desempregados a mais e centenas de falências de empresas. A economia e o turismo continuam a ser gravemente afetados!
A Via do Infante é uma PPP muito ruinosa, pois mesmo com a cobrança de portagens dá um prejuízo anual de 40 milhões de € e somos todos nós a pagar. E quem engorda são os proprietários da concessionária. O contrato tem cláusulas secretas o que é inadmissível e muito grave – em nome da transparência exige-se a sua divulgação pública!
A requalificação da EN 125 continua a marcar passo, o que contribui para agravar os índices de sinistralidade nesta via, que não passa de uma perigosa “rua urbana”, de novo rebatizada “estrada da morte”.
É chegada a hora dos responsáveis políticos mostrarem de que lado se encontram: a favor do Algarve pela suspensão das portagens, ou contra o Algarve mantendo as portagens!
Agora é o momento certo de intensificar a luta, próximo de eleições legislativas! Só resta ao Algarve continuar a lutar pela suspensão imediata das injustas e ruinosas portagens da Via do Infante!

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) irá promover mais um conjunto de ações nos próximos dias visando a suspensão das portagens:
– no dia 11 de julho, pelas 18.00 horas, frente ao Shopping da Guia, irá ocorrer uma ação a assinalar os acidentes mortais na EN 125, chamando a atenção dos responsáveis políticos para os perigos mortais que esta via representa.
– no dia 19 de julho a CUVI marcará presença na concentração e desfile de milhares de motards em Faro.
– brevemente será lançada por todo o Algarve uma forte campanha a apelar à desobediência ao voto nos partidos que apoiam as portagens no Algarve. Como se sabe, essas forças políticas são o PSD, o CDS e o PS e cada qual terá de assumir as suas responsabilidades perante o Algarve e as suas populações.
A Comissão de Utentes apela a todos os utentes e demais cidadãos que lutem pela suspensão imediata das portagens na A22 e pela requalificação total da EN 125! A luta é pelo Algarve e pelo país!

Para não morrer na EN 125! Por um Algarve Livre de Portagens na Via do Infante!
A Comissão de Utentes da Via do Infante

MOÇÃO

(aprovada por unanimidade e aclamação – cerca de uma centena de pessoas presentes no Restaurante Brasas & Vinhos, Almancil).
Suspensão imediata das portagens na Via do Infante!
Considerando que:
1. Passados quase três anos e meio sobre a introdução das portagens na Via do Infante, pelo governo, a 8 de Dezembro de 2011, os resultados desta medida trágica e injusta estão à vista de todos, com destaque para o aumento da sinistralidade na EN 125, uma muito perigosa “rua urbana” e que, de novo, se transformou na “estrada da morte” de má memória.
2. A ilustrar o que se afirma, basta atentar nos recentes dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária: nos últimos 12 meses, entre 8 de maio de 2014 e 7 de maio de 2015, morreram no Algarve 30 pessoas (mais de 2 por mês), a maioria na EN 125, o que representa um aumento de 50% em relação aos 12 meses anteriores, com 20 mortes; entre 1 de janeiro e 7 de maio de 2015 verificaram-se 11 mortes contra 10 no mesmo período do ano passado, 50 feridos graves contra 44 em 2014, enquanto os acidentes de viação somaram 2651 quando em 2014 atingiram 2399, ou seja, mais 252 acidentes do que no mesmo período do ano anterior; nos últimos dias deste mês a EN 125 voltou a fazer mais vítimas mortais e mais feridos, nomeadamente, nesta zona de Almancil e ainda ontem houve aqui bem próximo mais 3 feridos graves; o distrito de Faro figura no topo da sinistralidade a nível nacional, com uma média anual de 30 mortos e 150 feridos graves e a aumentar cada vez mais; na região ocorre uma média de 23 acidentes por dia, ou seja, quase 700 acidentes por mês – um verdadeiro estado de guerra permanente no Algarve.
3. A requalificação da EN 125 continua a marcar passo e esta via degrada-se cada vez mais aumentando o risco de acidentes, enquanto o governo, através da Estradas de Portugal, procedeu à anulação da construção de importantíssimas variantes à EN 125 nos concelhos de Lagos, Olhão e Tavira, e à EN 2, entre Faro e S. Brás de Alportel.
4. As portagens contribuiram para o agravamento dramático da crise social e económica no Algarve, uma região que vive quase exclusivamente do turismo, com inúmeras falências e encerramentos de empresas e cujo desemprego continua a atingir dezenas de milhares de pessoas.
5. As portagens conduziram à perda acentuada da competitividade do Algarve em relação à vizinha Andaluzia, elevando-se as perdas do mercado espanhol em mais de 25%, tendo a mobilidade na região regredido cerca de 20 anos.
6. As portagens também violam tratados internacionais sobre cooperação transfronteiriça, como o Tratado de Valência, assinado entre Portugal e Espanha e de onde deriva a Euroregião Algarve-Alentejo-Andaluzia;
7. Também é do conhecimento público que a Via do Infante foi construída como uma via estruturante para combater as assimetrias e facilitar a mobilidade de pessoas e empresas, com vista ao desenvolvimento económico e social do Algarve.
8. A Via do Infante não apresenta características técnicas de auto-estrada e foi construída fora do modelo de financiamento SCUT, em que maioritariamente foi financiada com dinheiros da comunidade europeia.
9. Os sistemas de cobrança de portagens e as exorbitantes execuções de penhora pelo não pagamento envergonham o Algarve (e o país) e penalizam injustamente os utentes e outros cidadãos.
10. Os principais responsáveis políticos nacionais e regionais têm, claramente, de definir-se de uma vez por todas e, agora, já não podem justificar-se com a permanência da troika no país: ou estão contra o Algarve e as suas populações e continuam a defender as portagens, ou estão a favor do Algarve e das suas populações e tomam medidas para a suspensão imediata das portagens na Via do Infante.
De acordo com o exposto, os utentes da Via do Infante (A22) e outros cidadãos, reunidos em Almancil, no dia 23 de maio de 2015, aprovam o seguinte:
a) Reprovar energicamente as portagens na Via do Infante, visto estas constituirem um grave erro histórico muito negativo para o Algarve, assistindo-se ao ressuscitar da fatídica “estrada da morte” na EN 125 e à continuação do desastre económico e social da região, estrangulando o seu desenvolvimento;
b) Exigir ao Governo que proceda à suspensão imediata da cobrança de portagens na Via do Infante, com a anulação da PPP deveras ruinosa para os contribuintes e que, tal como prometeu em 2011, avalie os custos económicos e sociais da sua implementação na região;
c) Exigir a requalificação imediata e total da EN 125, pois tal como se encontra, faz aumentar as dificuldades para os utentes e o risco de uma maior sinistralidade;
d) Solicitar a outros responsáveis políticos nacionais e regionais uma tomada de posição, sem ambiguidades, em relação às portagens no Algarve, tanto mais que a requalificação da EN 125 encontra-se longe de se concretizar;
e) Apelar à AMAL, autarcas, associações empresariais, sindicais, cívicas e outras forças vivas do Algarve, para que, num ambiente de um grande consenso regional, constituam e reforcem uma ampla plataforma da sociedade civil do Algarve pela suspensão imediata das portagens;
f) Enviar esta moção ao 1º Ministro, ao Ministro da Economia, ao Presidente da República, ao Secretário – Geral do Partido Socialista, ao Presidente da AMAL, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República e a outras entidades do Algarve.
Os utentes da Via do Infante e outros cidadãos

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Tal como foi informado anteriormente no mês passado pela Comissão de Utentes da Via do Infante, vai ter lugar no próximo sábado a primeira de um conjunto de ações pela suspensão das portagens no Algarve a desenvolver durante os meses de verão.
As portagens impostas pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS, já há quase 3 anos e meio, estão a arruinar o Algarve e as suas populações. Chegou a hora de confrontar os responsáveis políticos – à porta das eleições legislativas – pelas desastrosas consequências das portagens na região.
As iniciativas do próximo fim de semana vão incidir, principalmente, na homenagem às vítimas tombadas na EN 125. Temos um verdadeiro estado de guerra na região com uma média de 20 acidentes por dia, ou seja, cerca de 600 acidentes por mês e 7.300 por ano, a maioria na EN 125, onde muitas famílias foram destroçadas! Já são mais de 100 vítimas mortais e muitas centenas de feridos graves. Nos últimos dias assistimos a mais mortos e feridos graves na EN 125.
É um grande suplício circular na EN 125, pois não passa de uma rua urbana e a sua requalificação continua a marcar passo! As portagens contribuíram para o agravamento da crise social e económica, com muitos milhares de desempregados a mais e centenas de falências de empresas. A economia e o turismo continuam a ser gravemente afetados!
A Via do Infante é uma PPP muito ruinosa, pois mesmo com a cobrança de portagens dá um prejuízo anual de 40 milhões de € e somos todos nós a pagar. E quem engorda são os proprietários da concessionária. O contrato tem cláusulas secretas o que é inadmissível e muito grave – em nome da transparência exige-se a sua divulgação pública!
Só resta ao Algarve continuar a lutar pela suspensão imediata das injustas e ruinosas portagens na Via do Infante. Assim, no dia 23 de maio, pelas 13.00 horas, terá lugar um almoço/debate no Restaurante “Brasas & Filhos”, em Almancil. Pelas 16.00 horas, do parque do Restaurante partirá uma marcha lenta de viaturas em protesto, passando pelo Sítio do Além (S. João da Venda) e Variante Almancil (zona poente), onde serão colocados memoriais e feito um minuto de silêncio em homenagem às Vítimas da EN 125. Será pedido aos condutores em circulação que se associem em homenagem às vítimas. Poderão ocorrer outras ações não previstas.
Estas ações têm o apoio e a participação de diversas entidades, incluindo Moto – Clubes, com destaque para o Moto – Clube de Faro. A Comissão de Utentes apela à participação de utentes e populações nestas iniciativas com vista a acabar de vez com as famigeradas portagens, que não têm qualquer futuro no Algarve! Para não morrer na EN 125! Por um Algarve Livre de Portagens!

Neste fim-de-semana esteve reunida em Loulé a Comissão de Utentes da Via do Infante para fazer um balanço sobre as consequências da introdução de portagens na A22 e agendar novas formas de luta anti-portagens.

A principal consequência a retirar é que em 3 anos de portagens, introduzidas pelo governo PSD/CDS, com o apoio do PS, revelaram-se uma autêntica tragédia para a região do Algarve. Devido ao tráfego intenso e por falta de condições, a EN 125 transformou-se, de novo, na “estrada da morte”, como a CUVI alertou na devida altura. Em 3 anos morreram 100 pessoas e foram muitas as centenas de feridos no Algarve em milhares de acidentes, a uma média de 20 acidentes de viação por dia e 600 acidentes por mês – um verdadeiro estado de guerra na região! Neste domingo ocorreu mais um brutal acidente na EN 125 e cujo desfecho trágico foi mais uma vítima mortal e 3 feridos graves! Esta terrível tragédia que se passa no Algarve tem de parar quanto antes e os seus principais responsáveis são os governantes que impuseram as portagens!

Por outro lado as portagens contribuiram para a ruína da economia da região e agravaram as dificuldades sociais de muitas famílias, tendo disparado as falências, os salários em atraso e o desemprego. A requalificação da EN 125 continua a marcar passo e encontra-se cada vez mais degradada, as multas exorbitantes e as penhoras em catadupa pelo não pagamento de portagens transformou-se numa injustiça e num escândalo gritantes. Ainda nesta Páscoa, assistiu-se mais uma vez, a filas intermináveis de veículos junto à fronteira do Guadiana, cujos condutores esperavam a sua vez para proceder aos respetivos pagamentos. Uma vergonha para uma região que vive essencialmente do turismo, uma atividade que devia ser devidamente valorizada e dignificada.

Como se isto não bastasse, a concessionária continua a encher os bolsos com muitos milhões à custa dos contribuintes, transferidos pelo governo, sem dó nem piedade. Falta coragem a Passos Coelho para acabar com as portagens e pôr fim a uma PPP deveras ruinosa para o Algave (e o país). Mas já não lhe falta a vergonha para continuar a cortar nos salários, subsídios e pensões dos cidadãos deste país!

A Comissão de Utentes da Via do Infante reafirma, mais uma vez, que as portagens não têm solução e estão condenadas no Algarve. Os principais responsáveis políticos, em particular do Algarve, do PSD, do CDS/PP e também do PS, devem decidir de vez de que lado se encontram – continuar contra o Algarve e os algarvios mantendo as portagens, ou a a favor da região, posicionando-se pela suspensão imediata das portagens. Agora já não têm a desculpa da troika.

Para o verão que se aproxima, a CUVI agendou um conjunto de ações pela abolição das portagens na A22, no âmbito de uma “Jornada de Luta/Verão 2015”. As principais ações são as seguintes:
– foi enviada nesta segunda-feira uma carta ao Secretário-Geral do Partido Socialista a solicitar uma audiência, com caráter de urgência, para tratar das portagens, das suas consequências e do seu futuro no Algarve;
– uma marcha lenta de viaturas na EN 125 no dia 23 de maio, com colocação de um memorial e assinalar um momento de silêncio num local onde ocorreram vítimas mortais – oportunamente serão divulgados os pormenores desta ação;
– uma nova ação contra a “estrada da morte”, na EN 125, no dia 4 de julho, divulgando-se publicamente os pormenores mais tarde;
– participação da CUVI na concentração e desfile do Moto – Clube de Faro, este verão;
– em agosto a Comissão de Utentes vai deslocar-se de novo à Aldeia da Coelha para fazer o despedimento/despedida do Presidente da República, pois este é o último ano que Cavaco Silva será Presidente da República e os algarvios não esquecem as suas responsabilidades na imposição das portagens;
– ainda em agosto a CUVI desloca-se de novo à Praia da Manta Rota, onde fará uma acampada para desalojar Passos Coelho da sua casa de férias;
– a CUVI irá marcar de novo uma forte presença na Festa do Pontal, relembrando ao 1º Ministro e aos seus ministros e amigos que a luta contra as portagens continua mais forte do que nunca, fazendo-lhes recordar as suas responsabilidades na tragédia do Algarve e que continuam “personas non gratas” nesta região.

Para esta forte jornada de luta anti-portagens, a Comissão de Utentes irá procurar o apoio e juntar forças com diversas personalidades e entidades e com outros movimentos sociais, como o “Movimento Algave Sem Portagens” e o “Movimento Je Suis Ilhéu” que luta contra as demolições nas ilhas barreira da Ria Formosa. A Comissão de Utentes encontra-se no preciso momento a envidar esforços para ampliar o movimento de contestação às portagens nas Scut’s e contra as penhoras a nível nacional, em articulação com o “Movimento Anti – SCUTS”. O êxito da luta depende da sua força, determinação e ampliação. Todos na luta seremos muitos!